Do 25 de Abril
De José Vaz, A Fábula dos Feijões Cinzentos Ver em slide share
Enquanto as amigas suspiravam pelos cantos por uma Bimby, K sonhava com alguém que lavasse, passasse a ferro e limpasse o pó... Até podia ser uma Bimba! Enfim, uma fada do lar que lhe permitisse ser a "Professora das Histórias", ir às compras, cozinhar e ainda ter tempo para respirar...
quinta-feira, 25 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Um Poema por Dia #27 A Defesa do Poeta
Talvez devesse ter sido o primeiro poema a ser aqui publicado, mas apenas hoje a C. o encontrou...
Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei
Senhores professores que puseste
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs na ordem ?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem ?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho !
a poesia é para comer.
Natália Correia
Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei
Senhores professores que puseste
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs na ordem ?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem ?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho !
a poesia é para comer.
Natália Correia
Um poema por dia #26 Desejos Secretos
(Não é o poema do dia mas...)
Treze anos fresquinhos, Mariana prometeu: “A partir de hoje
nada de doces; o Rui há-de ver-me com outros olhos!”
Mas quando viu aquele embrulhinho deixado em cima da mesa
pela madrinha, não resistiu… Afinal era só
um ovo de Pascoa… Nem leu a mensagem presa ao laço “OVO MÁGICO. realiza
desejos secretos”.
À primeira dentada saiu a esvoaçar cidade fora...
Só conseguiu
pegar na mão do Rui que a olhava com o sorriso mais apaixonado do mundo.
Carla Flores (escrito a propósito do desafio nº39 do blogue 77 palavras )
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