A House Where Nobody Lives*
Velha. Definitivamente velha. Assim… subitamente. É como me sinto”
“Pudera, contas praticamente meio século!”
Olhou a amiga, agradecendo em silêncio a mordacidade quase cruel com que sabia poder sempre contar e, que, quantas e quantas vezes a impedira de cair em buracos de onde seria incapaz de sair!
Que sim, disse-lhe ela, já reparara nas rugas, o corpo há muito lhe dissera que alguns sonhos seriam sempre e só isso e a cabeça não era já tão ágil. Mas isto, era novo. E teceu toda uma tese sobre lutas e conformismo
“És só uma casa,
mais uma casa,
onde ninguém vive.”
*Roubado ao mais cavalheiro dos músicos, o Senhor que espera (sempre). Grata, Tom.
Sem comentários:
Enviar um comentário