Afor'ismos da konfuse #13

Enquanto houver Guarda-Chuvas e Joões bem podem chover picaretas!

Ajuda o João (...) a vida nos intervalos #169

Hoje tive um furo.

Passava da meia-noite e eu vinha de um lugar mágico, do meio de livros, escritores e um ator por outro quando dei cabo de um pneu num buracão na Infante D. Henrique.

Quem conhece minimamente o meu mau feitio e a corrida de obstáculos que é a minha vida, sabe o quanto isso me poderia deixar lixada… com F, pois claro!

Mas hoje não. Hoje conheci o João.

“Se a senhora quiser eu mudo-lhe o pneu”

“Já trabalhei numa coisa de pneus, gosto de fazer isto”

O João teve medo que eu tivesse medo dele!  Por isso, enquanto me ajudava ia falando e até me disse que não ficasse nervosa.

“Eu sou o João, nasci em 1964 e não faço mal a ninguém. Nasci no tempo do Salazar, mas deram-me educação. O meu pai só me deu muita porrada, mas a minha tia deu-me educação.”

Há dias o João viu um fulano a tentar assaltar um fiat punto, e chamou a polícia com o telemóvel. “Ele percebeu e deu-me duas cinturadas, mas eu consegui desenrascar-me dele.”

… “Nasci em 1964 na Lourinhã, lá não havia nada, por isso vivo aqui em Lisboa. Tenho uma pensão por causa deste braço, que ficou assim na tropa e arrumo uns carritos”

O João ia para o armazém onde vive “ali um bocadinho à frente” na sua bicicleta quando viu esta pobre representante da esquerda-lata- de- atum ter um furo e seguiu-a para oferecer ajuda.

 

O João explicou-me que algumas mulheres sabem como se muda um pneu porque algum homem lhes deve ter ensinado.

O João tem apenas mais cinco anos que eu, mas parecia ter idade para ser meu pai.

O João fez-me imediatamente recordar a bela história que o Afonso Cruz gosta de contar, de como Gandhi aconselhou um hindu a quem um muçulmano matara um filho a adoptar uma criança árabe para ultrapassar a sua dor.

O João voltou a montar a sua bicicleta, aparentemente satisfeito porque fez o que a educação lhe mandara.

Eu dei-lhe o dinheiro que tinha comigo “mas não era preciso… bastava dar-me um euro para uma cerveja.”

Lisboa, 31 de outubro de 2013

Carla Flores

P.S. Obrigada pelas lições, Vida.

  Já agora... se puder ser, ajuda o João.

(...) a vida nos intervalos #168

We do on stage things that are supposed to happen off.

Which is a kind of integrity, if you look on every exit as being an entrance somewhere else.”  
Tom Stoppard, Rosencrantz and Guildenstern Are Dead    

(...) a vida nos intervalos #167 / Afor'ismos da Konfuse #12

Diz-me com quem andas,

Dir-te-ei que música ouves.

(a ordem dos fatores não altera o produto ;) )

(...) a vida nos intervalos #166

"somos um país de cidadãos não praticantes."    valter hugo mãe (A Máquina de Fazer Espanhóis)

(...) a vida nos intervalos #165

 

There is no beauty in sadness. No honor in suffering.

No growth in fear. No relief in hate.

It’s just a waste of perfectly good happiness.”
― Katerina Stoykova Klemer

 

(...) a vida nos intervalos #164 Hot in the city

sexta-feira 25 de outubro de 2013

Hot in the City

(...) a vida nos intervalos #163 Solitude standing

“In three words I can sum up everything
I've learned about life: it goes on.”
― Robert Frost

(...) a vida nos intervalos #162 Floating

Porque às vezes na vida basta ar e pouco mais

Floating in my mind

(...) a vida nos intervalos #161 Brincar

 

Brincar

com  voz
com corpo
com alma

sem senso
sem tempo
sem calma

pensando
correndo
voando

Com tigo
com migo
cas tigo (?)

sem sexo
sem nexo
nem plexo

feliz
por um triz
quem não quis

(...) a vida nos intervalos #160

(...) a vida nos intervalos #159

What is family? They were the people who claimed you. In good, in bad, in parts or in whole, they were the ones who showed up, who stayed in there, regardless. It wasn't just about blood relations or shared chromosomes, but something wider, bigger. We had many families over time. Our family of origin, the family we created, and the groups you moved through while all of this was happening: friends, lovers, sometimes even strangers. None of them perfect, and we couldn't expect them to be. You can't make any one person your world. The trick was to take what each could give you and build your world from it.”
― Sarah Dessen, Lock and Key    

SPOOOORTIIING!!!

Gosto do espírito desportivo.

Aprecio alguma competitividade e mesmo uma pontinha de bairrismo... sem exageros...

"É-se" de um ou outro clube pelas mais diversas razões, quase nunca por ser o que ganha mais campeonatos. No meu caso havia uma leve influência do pai mas também o facto de na minha sala (na primária) haver menos sportinguistas do que benfiquistas. Pois é, já vem de longe esta espécie de psicose de pertencer às minorias...

Fui crescendo eu e diminuindo o meu entusiasmo pelo futebol, ao ponto de atualmente só falar de Sporting para entrar numa qualquer pseudo-picardia com amigos portistas ou benfiquistas, coisa que acontece muito raramente.

Mas hoje, hoje tive orgulho em ser  Sportinguista, ou melhor, filha de Sportinguista.

É que este Senhor, que sabe muitas coisas que a vida lhe ensinou, e inventa muitas outras ;) foi como de costume ver o jogo, contra o Alba a um qualquer café da zona e voltou ainda antes de terminar... Contou que se tinha comprometido a ver até "aos 5" e a abandonar o jogo caso se chegasse a esse resultado e os jogadores do SCP celebrassem o golo.

E assim foi: <Há que respeitar o adversário!>

(...) a vida nos intervalos #158

 As mãos

 

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Almada

 

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

 

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

 

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967



 

(...) a vida nos intervalos #157 I Encontro BE de Almada

Margarida Fonseca Santos e Rita Vilela

(...) a vida nos intervalos #156

17 de outubro de 2013



Plato cheio um vez só!
(Uma das boas razões para voltar a Almada)



(...) a vida nos intervalos #155

os da Elsa...

(...) a vida nos intervalos #154

Porque este verso não me sai da cabeça mas "with a twist"

"There you stand making my life possible"

Brilliant Trees

 

When you come to me
I'll question myself again
Is this grip on life still my own?

When every step I take
Leads me so far away
Every thought should bring me closer home

There you stand making my life possible
Raise my hands up to heaven
But only you could know

My whole world stands in front of me
By the look in your eyes
By the look in your eyes

My whole life stretches in front of me
Reaching up like a flower
Leading my life back to the soil

Every plan I've made
Lost in the scheme of things
Within each lesson lies the price to learn

A reason to believe
Divorces itself from me
Every hope I hold lies in my arms

There you stand making my life possible
Raise my hands up to heaven
But only you could know

My whole world stands in front of me
By the look in your eyes
By the look in your eyes

My whole life stretches in front of me
Reaching up like a flower
Leading my life back to the soil

Songwriters
DAVID SYLVIAN/JON HASSELL

(...) a vida nos intervalos #153 Esplanadas...

Chegar a uma para tomar um café e ouvir isto

eis um intervalo soberbo!

(...) a vida nos intervalos #152

O que é National é...
ÓPTIMO!

Quantos sorrisos cabem num ano? #7

(...) a vida nos intervalos #151



“Right now I'd like all my troubles to stand in front of me in a straight line,
and one by one I'd give each a black eye. ”  
     Shannon Hale, The Goose Girl    

(...) a vida nos intervalos #150

Sexta-feira, 11-10-13



Foto de http://pedais.pt/ciclovia-na-ponte-25-de-abril-tarda-a-entrar-na-campanha-para-as-autarquicas/
 

(...) a vida nos intervalos # 149 Afonso Cruz

Casa Portuguesa - com certeza!
Livros - autografados e estimados!

(...) a vida nos intervalos #148



“Every moment in your life is a turning and every one a choosing. Somewhere you made a choice. All followed to this. The accounting is scrupulous. The shape is drawn. No line can be erased. I had no belief in your ability to move a coin to your bidding. How could you? A person's path through the world seldom changes and even more seldom will it change abruptly. And the shape of your path was visible from the beginning.” 

  Cormac McCarthy

 

Expressões de que não gosto... é que nadinha mesmo #9

Nunca se sabe se um dia não seremos nós a precisar - palavrinhas mágicas para, de alguma forma, reduzir a minha vontade de ajudar.

Não me lixem - sejamos solidários porque sim!

(...) a vida nos intervalos #147 Livraria Barata

Fui à Barata  .

Depois disto pouco mais há a acrescentar.

:)

(...) a vida nos intervalos #146 A Solidão dos Números Primos (Finale)

Acabado de ler esta tarde... Deu direito a lágrimas, sorrisos e respiração cortada.
Quase no final, referência a Grey Room, de Damien Rice.

Well I've been here before
I've sat on the floor
In a gray gray room
Where I stay in all day
I don't eat but I play
With this gray gray food

Desole, if someone is prayin'
Then I might break out
Desole, even if I scream,
I can't scream that loud

I'm all alone again
Crawling back home again
Just stuck by the phone again

Yeah, well I've been here before
Sat on a floor
In a gray gray mood
Where I stay up all night
And all that I write
Is a gray gray tune

So pray for me child, just for a while
And I might break out
Pray for me child, even a smile
Would do for now

So I'm all alone again
Crawling back home again
Just stuck by the phone again

Have I still got you to be my open door?
Have I still got you to be my sandy shore?
Have I still got you to cross my bridge in this storm?
Have I still got you to keep me warm?

'Cause if I squeeze my grape
And I drink my wine
'Cause if I squeeze my grape
And I drink my wine
Oh cause nothing is lost
This is frozen in frost
And it's opening time
And there's no one in line

But I've still got me to be your open door
I've still got me to be your sandy shore
I've still got me to cross your bridge in this storm
And I've still got me to keep you warm

Warmer than warm yeah
Warmer than warm yeah
Warmer than warm yeah
Warmer than warm yeah...

(...) a vida nos intervalos #145 A Desumanização

Apresentação de A Desumanização, de Valter Hugo Mãe. Com Catarina Homem Marques,  Pedro Vieira e Rodrigo Leão  no Teatro Maria Matos.

(...) a vida nos intervalos #144 Candide

Candide, de Leonard Bernstein no Teatro Aveirense

(...) a vida nos intervalos #142

“You have brains in your head. You have feet in your shoes. You can steer yourself any direction you choose. You're on your own. And you know what you know. And YOU are the one who'll decide where to go...” 
    Dr. Seuss, Oh, the Places You'll Go!    

(...) a vida nos intervalos #141

Mercado Agrobio

Intervalo passeante até ao mercado que se realiza todas as quartas, seguido de
interrupção engordante com consumo de lanche gigantesco!

(...) a vida nos intervalos #140



A Fragata Fernando e Glória com instangram dos pobrezinhos :)

(...) a vida nos intervalos #139

Num país maioritariamente católico, 47,40% dos portugueses mostram não acreditar em nada nem ninguém.