sábado, 27 de julho de 2013

Um poema por dia #38


Anda comigo ver o piri piri hoje à tardinha,
A essa hora do vinho, do café e do bagaço,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me beijas a boca e o regaço...

Quando me lembra: esse sabor que tem
A tua moqueca... e os belos dos laços...
A tua costelinha... o queijo em pedaços...
Os teus grelhados... a tua excelente maminha...

Se tu viesses quando, apesar de rouca,
Traço linhas de um poema como um beijo
Querendo ser musa que canta e ri

E espero fazer-te voar na minha boca...
pois quase morta  de desejo...
vejo a salvação em ti...

Maria Rodrigues

(A partir de uma sugestão de T. Martins e inspirado em Florbela Espanca)






(...) a vida nos intervalos #73

26 de julho de 2013


Cat Power, My Blueberry Nights OST

quinta-feira, 25 de julho de 2013

(...) a vida nos intervalos #72

 
 
"O mar é irmão da vodka, ambos fazem andar aos esses,"  (...)
                                    Afonso Cruz, O cultivo de flores de plástico
 

(...) a vida nos intervalos #71



Lili   Há muitas portas no mundo, mas prefiro olhar-lhes para dentro das janelas. É assim.

                                                                                                          Afonso Cruz, O Cultivo de Flores de Plástico

quarta-feira, 24 de julho de 2013

(...) a vida nos intervalos #70



"Há uma luz amarela que brilha no fundo de Jorge, a luz da estrela perdida que pode ainda ser tanto. Não há livros maus, não há mundos maus, só livros por escrever e poemas e contos e homens e tigres.", Nuno Camarneiro, in No Meu Peito Não Cabem Pássaros

domingo, 21 de julho de 2013

(...) a vida nos intervalos #67



Um texto fantástico para quatro atores a condizer: O Cultivo de flores de plástico, de Afonso Cruz, pela "Gato que Ladra" no Clube Estefânia


sexta-feira, 19 de julho de 2013

(...) a vida nos intervalos #65

CETA - Os Filhos não se Pagam



All the World's a Stage

All the world's a stage,
And all the men and women merely players;
They have their exits and their entrances,
And one man in his time plays many parts,
His acts being seven ages. At first, the infant,
Mewling and puking in the nurse's arms.
Then the whining schoolboy, with his satchel
And shining morning face, creeping like snail
Unwillingly to school. And then the lover,
Sighing like furnace, with a woeful ballad
Made to his mistress' eyebrow. Then a soldier,
Full of strange oaths and bearded like the pard,
Jealous in honor, sudden and quick in quarrel,
Seeking the bubble reputation
Even in the cannon's mouth. And then the justice,
In fair round belly with good capon lined,
With eyes severe and beard of formal cut,
Full of wise saws and modern instances;
And so he plays his part. The sixth age shifts
Into the lean and slippered pantaloon,
With spectacles on nose and pouch on side;
His youthful hose, well saved, a world too wide
For his shrunk shank, and his big manly voice,
Turning again toward childish treble, pipes
And whistles in his sound. Last scene of all,
That ends this strange eventful history,
Is second childishness and mere oblivion,
Sans teeth, sans eyes, sans taste, sans everything.


terça-feira, 16 de julho de 2013

(...) a vida nos intervalos #63 - Zero


O grão de pó que sou
julga às vezes ser alguém
e chega mesmo a esquecer
ter a importância que tem

esperneia,
solta impropérios,
perde mesmo a compostura
depois
retorna ao zero
e liga
somente
à ternura.

Maria Rodrigues

(...) a vida nos intervalos #62





E bolas boas, boas... sabes onde as há...?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

(...) a vida nos intervalos #52

Dado o esquecimento da fotógrafa, fica uma foto de outrem...


Stuffed Zucchini Boats recipe
Cozinhar para Amigos
Sem dúvida dos melhores intervalos!


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um poema por dia #37 As Pessoas Sensíveis


 
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
 
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
 
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão."
 
Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
 
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
 
Sophia de Mello Breyner Andresen
(Livro sexto)

(...) a vida nos intervalos #51

Freckles

(...) a vida nos intervalos #50

2 de julho de 2013

(...) a vida nos intervalos #49

1 de julho 2013

(...) a vida nos intervalos #48

30 de junho 2013

terça-feira, 2 de julho de 2013

Afor'ismos da Konfuse #3

Todo aquele que tiver a pretensão de ser feliz
pode perder tudo na vida menos o Sentido de Hamor.