quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #317

Dia parvo. parvo...
Desde o "Faça lá um poema" e a resposta genial "também pode ter essa leitura" às questões básicas que voltam à tona...

Até o filme que vi era imensamente parvo...

Suponho que há-de melhorar...



terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #315

Vai-se andando...

Hoje devo ter ouvido perto de duas dezenas de pessoas que ao encontar-se se cumprimentavam - sim, eu própria por vezes estranho mas ainda existem(imos) - perguntando "Como vais?" ou algo equivalente.
Quase todas ia respondendo "vai-se andando" e, uma ou outra - penso que não minto se disser que foram duas - responderam que "hoje, nada bem".

Confesso que eu, que muitas vezes não vou andando, arrasto-me por falta d eenergia ou corro por falta de tempo, fico já um pouco embaraçada com a pergunta. Não quero chocar ninguém dizendo que hoje é melhor que ontem, porque estou viva, porque a primavera está achegar, porque sobrevivi a mais um fim do mundo (desta vez o dos vikings) mas também não quero confrontálos com não menos verdade de que está tudo errado, o mundo parece não ter concerto e país está melhor mas os portugueses nem por isso.

Calma, eu sei que nem devia maçar-me, na verdade das pessoas que perguntam como estou, penso que cerca de 5% quer saber a verdade e mesmo esses não anseiam por toda, toda... enfim, lá vou respondendo com evasivo "tudo bem" ou um mais gregário "vai-se andando". Mas hoje, amigos, na biblioteca escolar onde trabalho uma uente respondeu com um sorriso na voz: "Estou muito bem, felizmente".

O "Como está?" tinha sido proferido pela Assistente Técnica que estava no atendimento e perante tal "resposta sorrida", tirei os olhos da etiquetagem que estava a fazer e não pude deixar também de sorrir ao mesmo tempo que aplicava o auto-ralhete de praxe: "Tem juízo, Carla Maria!"

Tratava-se de uma aluna do ensino noturno que deve ter uns verdes 20 anos e cuja "história" me foi contada resumidamente há dias. Há umas semanas, esta jovem, meio envergonhadamente perguntou a uma assistente ou professora (não recordo, nem é importante) se lhe podia pagar um pão com manteiga - era hora do jantar que ela não havia comido. Depois de se fazer um breve levantamento sobre as circunstâncias da simpática jovem apurou-se que pertence a uma família com grandes dificuldades, um irmão paga-lhe o passe para ela poder ir às aulas, ... e desde então leva da escola alguma da comida que provavelmente iria para o lixo ou para alguém menos necessitado.

Dirão que a assitência social não funciona (concordo), qua a aluna talvez pudesse trabalhar (improvável mas possível) que devia ter estudado quando era adolescente (pois, talvez, quem sabe)...

O que verdadeiramente me interessa é que de toda a gente que ouvi hoje responder a um cumprimento ela foi a única que disse "Estou muito bem, felizmente"

(também publicado como nota no facebook)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #314

Às vezes, só às vezes, há que dar descanso à cabeça, sentir mais, pensar menos...

Perceber que todos os dados que temos na mão são frequentemente poucos para fazer uma jogada de jeito...

De quando em vez vou conseguindo.. esperemos que a sensatez da idade o torne mais frequente.

Entretanto, lanche/jantar em muitíssimo agradável e acolhedora companhia.

Obrigada a todos.

E os afetos, ai senhores, os afetos!

aFor'ismos da Konfuse #18

Não se pode agradar a Gregos e a Troikanos.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #313

 Sábado, 22 de fevereiro 2014

Foi noite de jantar com aqueles que já começam a ser, também, os "suspeitos do costume".

Após a refeição agradável, temperada com risota, tivemos direito a música e poesia no bar do próprio restaurante. Houve lugar a "homenagem" a Fernando Tordo, com o "Adeus, tristeza" mas pensei de mim para mim que tinha saudades de ouvir uma outra coisa dele. (aqui acompanhado)


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #311

Wishful thinking

A boa notícia chegou logo de manhã: parece que o emigrado mais próximo vem de visita muito em breve!
A piada é que ainda ontem me lamentava de o não ver há imenso tempo nem ter ideia de quando voltarei a fazê-lo.

Na pausa para o almoço, à mensagem "A que horas almoças?" seguiu-se um muito agradável café em excelente companhia.

É... há dias assim... em que "o céu são os outros"! ;)

(...) a vida nos intervalos #310

És estranha! - dirão muitos...
Outros farão como eu...
Aliar trabalho e prazer é coisa que me agrada sobremaneira e que sempre tento fazer.
Por vezes, como hoje, a relação não é imediata, mas anda próxima.
Por necessidade logística (leia-se não sair de casa três horas antes) levei hoje carro para a escola.
Tinha-me comprometido adquirir um livro (O Viajante Cego) que uma simpática aluna escolhei para o seu "contrato de leitura" e à quarta livraria lá o consegui...
Na escola ocorreu-me que seria boa ideia aproveitar não estar condicionada pelo medo de andar de transportes a desoras e tentar ver o filme que estivesse em exibição no Fórum Municipal Romeu Correia. (O bilhete normal custa apenas 3€)

Entre o vou (só porque posso) e o não vou (tenho uma tradução para fazer), fui.

O filme de hoje era A Noiva Prometida. - Gostei imenso.



Cheguei a Lisboa de alma lavada e reenergizada... A tradução está feita e enviada e eu, supostamente, intelectualmente um pouco mais rica!

De brinde, troquei um dedo de conversa com duas simpáticas e interessantíssimas colegas que vi no final da sessão e tive companhia durante parte do trabalho.

Gracias a la vida!


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #309

Ainda perguntam porque é bom viver em Lisboa?!

A cor, a luz única, a diversidade.
Cidade grande q.b. mas aconchegante.
Também temos problemas graves, mas dificilmente desistiremos de ti. É isso o amor, dizem.

E nesta tarde ensolarada tinhas imensa música para nos guiar os passos.
Cais do Sodré - Estação do Metro

Chiado

Chiado

(...) a vida nos intervalos #308


        
Segunda feira, 17 fevereiro de 2014


Segredo

Não contes do meu
vestido
que tiro pela cabeça

nem que corro os
cortinados
para uma sombra mais espessa

Deixa que feche o
anel
em redor do teu pescoço
com as minhas longas
pernas
e a sombra do meu poço

Não contes do meu
novelo
nem da roca de fiar

nem o que faço
com eles
a fim de te ouvir gritar

Maria Teresa Horta, in “Poesia Completa”

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #302



 

 
terça feira, 11 de fevereiro de 2014

Vieni, entra e coglimi

Vieni, entra e coglimi, saggiami provami….
comprimimi discioglimi tormentami….
infiammami programmami rinnovami.
Accellera…rallenta…disorientami
 
Cuocimi bollimi addentami…covami.
Poi fondimi e confondimi…spaventami….
nuocimi, perdimi e trovami, giovami.
Scovami…ardimi bruciami arroventami.
 
Stringimi e allentami, calami e aumentami.
Domami, sgominami poi sgomentami….
dissociami divorami….comprovami.
 
Legami annegami e infine annientami.
Addormentami e ancora entra…riprovami.
Incoronami. Eternami. Inargentami.
(Patrizia Valduga)
 
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #301



Após uma boleia que fez desta provavelmente a melhor viagem Trabalho-Casa (enfim, quase casa) deste ano letivo, vi que havia ainda tempo de aceitar o convite dos queridíssimos T e J...

Belo serão. Poesia al Dente  com MARCELLO URGEGHE, PAOLA D'AGOSTINO, LUCIANA FINA e MICK MENGUCCI !

domingo, 9 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #300

E eis que chagamos ao intervalo #300. Com um flop.

Assisti hoje ao lançamento do livro O Meu Avô, de Catarina Sobral, com a presença da autora e direito a contação de história, lanchinho e tudo o tudo na Livraria Ler Devagar

O que faltou? Pois claro, o cartão da máquina fotográfica para documentar o momento.


Foi ainda ocasião para refletir sobre o "meu tio"...
vai sendo tempo de pensar seriamente nele.



(...) a vida nos intervalos #299

(referente a sábado, 8 de fevereiro de 2014)

 

Geração do Dubai* 


Ontem estive num daqueles sítios de Lisboa que, penso eu, por estarem na moda junta meio mundo, podendo tornar-se bastante desagradáveis.

Não foi o caso.

Falo do mercado de Campo de Ourique. apesar de saber que, quase de certeza, nos esperaria uma enchente,sabia também que a companhia agradável e o estado de espírito um tanto ou quanto drowsy, um tanto ou quanto zen bastariam para suoerar o desconforto de um ou outro encontrão mais invasivo e do tempo de espera para comer.
Por outro lado, quando se junta meio mundo, é bastante provável que se encontrem pessoas agradáveis, interessantes e às vezes, até mesmo interessadas ;) pois que eu, embora tendo a certeza de que sou a "maior da minha rua" sei que não sou caso único no género "pessoa espectacular"!

(pausa - gosto de dar a quem me lê tempo para rir)

Após a primeira parte do jantarício frugal, parti, com uma das convivas, em busca da sobremesa (dela) e reforços de cafeína (para os restantes viciados), e quando estávamos prestes a ter sucesso ela, que tal como eu se dedica à mui nobre e reconhecida arte do ensinanço, .........  (mais uma pausa para rir) ....... é encontrada por um ex-aluno.

Verificou-se que não era um, era um grupo. Amigos desde os tempos em que pertenceram à mesma a que se juntava a namorada de um deles e mais um ou outro amigo de proveniências semelhantes.
À conta deste encontro "acidental" conseguimos que os outros dois convivas quase se zangassem conosco pois que estivemos cerca de uma hora em conversa descontraída.

Eu, que sou do bem ;) e comulativamente de uma presciência assinalável (vá, riam mais um pouco) percebi logo que tínhamos ali um grupo de pessoas, em quatro palavras, FAN TÁS TI CAS, daquelas que nos enchem o coração, o cérebro - ou lá que orgão gere as emoções e o orgulho e que a nós, professores ajuda  a dar sentido à vida.

Os "miúdos" são finalistas de diferentes cursos - medicina e engenharias, sobretudo - e entre eles detinham notas invejáveis de 19,5 e 20 nas provas de acesso à universidade. Outros eram mais contidos (eheh) mas todos de uma simpatia, diria mesmo empatia contagiantes. Pareceram-me (e eu nunca me engano ;) ) pessoas de corpo inteiro, genuinas, que estão traçando o seu rumo com afinco, profissionalismo já e muito bom humor.
Adorei conhecer mais este punhado de miúdos fantásticos que se junta à coleção das muitas dezenas de "vítimas" que fui fazendo ao longo do percurso profissional e que me enchem de emoção e orgulho por ter tido oportunidade de contribuir ainda que apenas residualmente para as pessoas que são.

Espero apenas que este país reconsidere e que permita que o S. e o F. não fiquem para sempre na Alemanha, que a A. possa voltar de Espanha se assim o desejar e o R. não tenha de ser qualquer coisa que não o clínico fantástico que se anuncia.


P.S. Nenhum deles envergava traje académico e não me pareceram particularmente entusiastas de praxe.

* seis ou mais estrelas

(Texto também publicado como nota no Facebook)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #297

6 de Fevereiro de 2014


Olhar dentro dos olhos de outrem e ver os meus.
Saber que às vezes basta ser, basta estar.
Quantas formas mais de partilha, quantos modos de viver...?
Foi dia de muitas dúvidas, análises, reticências e exclamações:
(Não) Sou, (Não) Quero, (Não) Vou.
Dia de assumir força e fraqueza, virtudes e vileza.

 Seguir em frente, em curva, com passos em falso e inúmeros atrás, mas seguir.

(Obrigada a todos).


"Estou vivo e escrevo sol"
António Ramos Rosa
o e escrevo sol

estou vivo e escrevo sol

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

sábado, 1 de fevereiro de 2014

(...)a vida nos intervalos #291

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014



Partilho um presente de um amigo do coração



 
 
“For Attractive lips, speak words of kindness.
 For lovely eyes, seek out the good in people.
 For a slim figure, share your food with the hungry.
 For beautiful hair, let a child run their fingers through it once a day.
 For poise, walk with the knowledge that you never walk alone.
 People, more than things, have to be restored, renewed, revived, reclaimed, and redeemed. Remember, if you ever need a helping hand, you will find one at the end of each of your arms.
 As you grow older, you will discover that you have two hands, one for helping yourself and the other for helping others.”
 
― Sam Levenson