segunda-feira, 28 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #345



Swim, little fish, swim
Synopsis
Maggie ? Rainbow ? Leeward and Mary cannot even agree on their three year old daughter's name anymore.
Mary is a hardworking nurse who dreams of only one thing : changing her life. She resents her husband for being an irresponsible, overgrown adolescent, incapable of holding down a job. Leeward is an atypical, idealistic musician who fancies himself a misunderstood artist and a New Age visionary.
Enter Lilas, a 19 year old French artist and the daughter of a world famous painter, who is trying to make it in New York and get away from an overbearing mother.
When the bubbly young woman moves into the couple's tiny Chinatown apartment, their already fragile balance is upset even further.
Between surrealism, unusual characters, art and magic tricks, Swim Little Fish Swim is a dreamlike journey from childhood to adulthood.

Gostei. Muito. - A banda sonora também não está nada mal!

domingo, 27 de abril de 2014

Um poema por dia / Nem sabe o bem que lhe fazia #40 Caminho da manhã



Vais pela estrada que é de terra amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o silêncio de bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas; mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a pesada mão do Sol pousada nos teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima e fresca. Até chegares às muralhas antigas da cidade que estão em ruínas. Passa debaixo da porta e vai pelas ruas estreitas, direitas e brancas, até encontrares em frente do mar uma grande praça quadrada e clara que tem no centro uma estátua. Segue entre as casas e o mar até ao mercado que fica depois de uma alta parede amarela. Aí deves parar e olhar um instante para o largo pois ali o visível se vê até ao fim. E olha bem o branco, o puro branco, o branco de cal onde a luz cai a direito. Também ali entre a cidade e a água não encontrarás nenhuma sombra; abriga-te por isso no sopro corrido e fresco do mar. Entra no mercado e vira à tua direita e ao terceiro homem que encontrares em frente da terceira banca de pedra compra peixes. Os peixes são azuis e brilhantes e escuros com malhas pretas. E o homem há-de pedir-te que vejas como as suas guelras são encarnadas e que vejas bem como o seu azul é profundo e como eles cheiram realmente, realmente a mar. Depois verás peixes pretos e vermelhos e cor-de-rosa e cor de prata. E verás os polvos cor de pedra e as conchas, os búzios e as espadas do mar. E a luz se tornará líquida e o próprio ar salgado e um caranguejo irá correndo sobre uma mesa de pedra. Á tua direita então verás uma escada: sobe depressa mas sem tocar no velho cego que desce devagar. E ao cimo da escada está uma mulher de meia idade com rugas finas e leves na cara. E tem ao pescoço uma medalha de ouro com o retrato do filho que morreu. Pede-lhe que te dê um ramo de louro, um ramo de orégãos, um ramo de salsa e um ramo de hortelã. Mais adiante!
compra figos pretos: mas os figos não são pretos mas azuis e !
dentro são cor-de-rosa e de todos eles corre uma lágrima de mel. Depois vai de vendedor em vendedor e enche os teus cestos de frutos, hortaliças, ervas, orvalhos e limões. Depois desce a escada, sai do mercado e caminha para o centro da cidade. Agora aí verás que ao longo das paredes nasceu uma serpente de sombra azul, estreita e comprida. Caminha rente às casas. Num dos teus ombros pousará a mão da sombra, no outro a mão do sol. Caminha até encontrares uma igreja alta e quadrada.
Lá dentro ficarás ajoelhada na penumbra olhando o branco das paredes e o brilho azul dos azulejos. Aí escutarás o silêncio. Aí se levantará como um canto o teu amor pelas coisas visíveis que é a tua oração em frente do grande Deus invisível.

Sophia de Mello Breyner

(...) a vida nos intervalos #344


"Alvorecer" no Teatro Meridional seguido de conversa longa na Fábrica do Braço de Prata.



(...) a vida nos intervalos #343

Sexta Feira 25 de Abril de 2014



quarta-feira, 23 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #340

A estranha sensação de "it doesn't really matter" pode ser tão má quanto "dói pa caraças"... Vamos ver...
Vivendo e aprendendo (?)

domingo, 20 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #338


Dia de aniversário do tio Necas.
Por estes dias lembrei-me muito dele e de outras pessoas queridas que partiram   .

Nostalgia ou velhice...
Creio que, tal como nós por cá, todos bem!




Entretanto o Benfica é campeão. A Epifânia tomou a cozinha de assalto, sendo que uma coisa nada tem a ver com a outra.






(...) a vida nos intervalos #337

SÁBADO, 19 de ABRIL de 2014

Voltas e voltas...

Margem sul para por afetos em dia com os Cabrais (quase todos)


(...) a vida nos intervalos #336

SEXTA FEIRA, 18 de ABRIL de 2014

Tarde saborosa. Trouxe beijinhos e fui conhecer o novo esapaço MILL (João, Rita e Maurício)

A querida Teresa não se sai nada mal de pintora ;)


(...) a vida nos intervalo #335

QUINTA FEIRA 17 de ABRIL de 2014

Regresso a Lisboa.
Há que viver uma realidade de cada vez...

Paragem em Cheganças - how weird can one get?


quinta-feira, 17 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #334

Dia saboroso!

- acordar lento, pequeno almoço, lanche com vista para o mar, pilates com a querida Teresa, jantar com Q e M, redes e escrita brincativa -

Vão acontecendo.
 Boa, miúda!

domingo, 13 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #362


Almoço, "café" e jantar com amigos aos molhinhos.
Aveiro, Gaia e Porto.

D no colinho - momento top!

sábado, 12 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #361

Intervalo duríssimo

Preciso hoje de ser um pouco mais factual, quiçá indiscreta, do que é meu hábito neste local...

Dia de reunião na segurança social, para re-avaliação da minha disponibilidade para ser mãe. Suspeito que tenha ficado enterrada essa hipótese... se assim for, será com tristeza que encerro essa parte da minha vida. Veremos. Há que aguardar. Não sei exactamente quanto tempo.

Fiquei a saber que uma carta que eu tinha como extraviada foi efectivamente entregue, aliás levantada na estação de correios pelo A, que me garantiu em duas ocasiões não a ter recebido.

(...)

Fiz um balanço de toda esta coisa que tem sido a minha vida e concluí que se soubesse que hoje morreria e acreditasse na vida eterna, apenas haveria uma pessoa a quem precisaria de pedir desculpa pelo "mal" que lhe causei, ainda que involuntariamente. Acredito que se esse alguém soubesse de tudo o que eu sei, era bem capaz de me agradecer.
Quanto ao resto, iriam a sepultar comigo os inúmeros defeitos e imperfeições que tenho mas o meu carácter, que materialmente não tem qualquer valor, esse acompanhar-me-ia absolutamente intacto. Perdoem a presunção.

Apesar do exposto no 1º parágrafo, publico apenas uma parte do texto que escrevi.

Creio que isto não será lido por ninguém, caso o seja, que se entenda que foi uma necessidade e se trata de algo que não considero necessário esconder pois como me disse uma querida amiga-casa "ninguém merece".

Verifico com alguma apreensão que após dois anos, muitas e muitas lágrimas e imenso trabalho meu para recuperar, este homem ainda me tira muitas horas de sono!

terça-feira, 8 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #357

Sol, sapatos, futuro
Chá, gin, bálsamo
Cansaço
Amanhã
Estamos!

(...) a vida nos intervalos #356

domingo, 6 de abril de 2014

Tempo para cumprir a necessidade de escrever um pouco. Parece ser uma condição aguda que quase sempre se apresenta como crónica ;)

E inevitavelmente pensar em pessoas de quem é impossível não gostar. "Pessoas que nos podiam ser grandes" (Inês do Carmo dixit)

(..) a vida nos intervalos #355

Sábado, 5 de abril de 2014


Jantar em amizade. Tempo para nos dizerem o quanto somos parvas. Ah pois somos!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

aFor'ismos da konfuse #22


O ritmo da vida depende em muito do par de sapatos em que a assentas!


(...) a vida nos intervalos #354

sexta feira 4 de abril de 2014

A paixão de M.

Sempre achei que trabalhar no ensino iria potenciar o meu envelhecimento  precoce devido à enorme exigência do ramo em termos intelectuais (podem rir!) e emocionais. Pode não parecer a olho nu, mas aquilo desgasta.
Por outro lado também tive sempre a esperança de que trabalhar com jovens me ajudasse a manter alguma juventude nem que fosse por conseguir acompanhar as tendências do que "está a dar"ou simplesmente o jargão da moda.
Não sou naturalmente boa juiz em causa própria mas diria que ambas as "pre-assunções" são, ainda que possam parecer contraditórias, verdadeiras. Sendo que não é menos verdade que trabalhar numa escola e ter mais de 40 anos (cumulativamente) são coisas para nos proporcionam momentos verdadeiramente prazenteiros.
Que me perdoe quem lê, mas escrever mal é muito isto: sentamo-nos para escrever uma breve reflexão acerca da Paixão de M e sai-nos uma coisa enrolada em que após uma mão cheia parágrafos não entrámos na dita.
M. tem 20 anos, está a concluir o ensino secundário, um pouco mais tarde que o habitual, não sei porquê e, sinceramente não me interessa muito. Entre as suas actividades "passeia-se" frequentemente pela Biblioteca Escolar.
A primeira vez que me recordo de M. ter encetado uma conversa comigo foi para me dizer que a biblioteca não tem interesse para ninguém e que o que era bom era ter um jornal da escola. Desafiou-me mesmo a criar um. Expliquei-lhe sucintamente porque não tinha condições para tal e devolvi o desafio: "Proponha, projecte, pode mesmo ser o chefe de redacção."
O resultado prático desta conversa do meu ponto de vista foi apenas um. Memorizei o rosto e comecei a reparar que afinal M., para quem a biblioteca não tem qualquer interesse, é afinal seu assíduo frequentador. Ironias!

E foi desta forma que eu e o meu "Chefe de Redacção" criámos alguns laços, que já permitiram que ele, do alto dos seus 20 anos tenha já traçado não só o meu perfil psicológico como o das Assistentes da Biblioteca Escolar. "A senhora por vezes está triste e isso afeta o seu comportamento aqui na biblioteca; A senhora tem graves oscilações de humor; A senhora não está feliz com a vida que leva; ..." Sorrimos, deixamos estar, que o jovem é simpático e tem uma certa piada.
Acontece que na passada sexta-feira M. entrou na biblioteca de supetão com um amigo na sua cola e em vez de se dirigir para a "ilha" dos computadores, como é seu hábito, dirigiu-se para o espaço da multimédia onde se sentou numa cadeira junto da fila de janelas de onde se pode ver a entrada da escola.
Em poucos segundos identifiquei um comportamento de "avestruz". Ao mesmo tempo que se escondia, M. olhava para a entrada da escola, sendo que todo o seu corpo transmitia uma sensação de ansiedade.
Num piscar de olhos, avaliei a situação. Diz-me a experiência que aquele tipo de comportamento tem uma de duas causas: m... da grossa, ou m... da grossa, sendo que a idade e o perfil de M. correspondem ao segundo tipo, i.e., m... da grossa devido a arrebatamento, ímpeto, entusiasmo, êxtase, aka, paixão!
Pesei prós e contras - fico calada e segura ou arrisco-me a levar a maior desanda da minha vida... mas também pode ser que o moço precise... e atrevi-me.

"Parece impossível que se tenha vindo esconder aqui! e logo de uma miúda!" Mal terminara a frase, já M. retorquia "Às vezes, quando sabemos muito, não devemos falar" - diziam as palavras, mas os olhos eram de quem queria, e muito, falar. Aproximei-me e fui dizendo que eu não sabia nada...

M. despejou rapidamente a sua história, tinha feito "o maior erro" da sua vida, ofereceu flores a uma miúda e agora - acrescentou o amigo, ela pensa que fui eu.
Nem de propósito, pouco antes eu vira as ditas flores passeando-se na escada junto à BE nas mãos de uma jovem que, preconceituosa como sou, achei demasiado jovem... Perguntei: E ela não é muito pequenina?
A resposta não podia ser melhor: Pequenina como, ela é grande... em tudo!
Não havia espaço para dúvidas, o nosso menino, das pestanas mais lindas daquela escola, está completamente apanhado pela pequena de nome estrangeiro e cabelos dourados.

Penso não mentir muito se disser que esta conversa teve lugar por volta da 1 da tarde. À sexta feira, saio às 13:20, excepto quando não saio. Foi o caso, sai da biblioteca depois das 16h. Durante as cerca de 3 horas que mediaram os dois momentos M esteve quase sempre dentro da Biblioteca, amigos vários entraram e saíram; expuseram argumentos, planearam actividades para o fim de semana, mas nada parecia tirar M da espécie de letargia que o atingira.
Muito foi dito e certamente muito mais foi sentido.
M. queria dois antidepressivos e dormir, dormir muito. Perguntava aos amigos se preferiam um líder morto ou um banana vivo... afirmando-se de seguida como um banana.
A dada altura falou-se de um namoro anterior, mandei-lhe um "e lembra-se... nessa altura também parecia o fim do mundo". M pareceu animar-se um pouco para logo se deixar cair.
A dada altura a agitação causada pelo entra e sai de amigos e conversas vivas estava a causar demasiada perturbação e acabei por, mais ou menos amistosamente, expulsá-los da Biblioteca, ordenando a M. que fosse passear as suas pestanas ao sol, porque "a vida está lá fora!".

Passava já das 16 horas quando, segura de que não voltaria a ver M e os amigos senão após o início do terceiro período, me despedi das Assistentes. À saída, não consegui conter um "Que mal terei eu feito a deus?!" - à minha frente, de volta à BE estavam M e M (o amigo "das flores"). De imediato me preparei para "enxotá-los" ao mesmo tempo que M (o amigo) aproximou o rosto do meu ouvido "Já contámos tudo à miúda".

M (o apixonado) virou na minha direcção um par olhos doces e aliviados, inspirou fundo e disse: "Contei tudo!" e, ao mesmo tempo que deixava cair os braços "desabafei". Inspirou: "Sou um homem!"

Sorriso; sorriso; sorriso; "Ela pareceu ficar super-feliz!"

 Desci a escada. No rés-do-chão cruzei-me com a "miúda" à conversa-confissão com outro dos amigos. Fiz-me o mais sonsa que poderia ser: "Que flores lindas! Faz anos?" - olhar atrapalhado. "Não..."
"Melhor ainda. Parabéns!"

Saí em direcção ao fim de semana que, sabia, não ia ter um décimo da emoção de receber um ramo de flores apaixonadas e anónimas.




domingo, 6 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #353

Quinta feira, 3 de abril de 2014

Um daqueles momentos em que trabalho e sorrisos se misturam.

O "Manel", sim, aquele de quem o Filipe disse "Todas as pessoas deveriam ter o seu próprio Manel", mostrou-me o melhor caminho para a resolução de todos os problemas.



P.S. O Filipe perguntou-me se queria ajudá-lo a dar cabo de um tal que anda a perseguir uma "amiga".
Gotta love these guys.




quarta-feira, 2 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #351

"Missão de Salvamento"

2 de Abril de 2014 às 4:17
Nas redes sociais num dia somos bestas, noutro bestiais, mas somos sempre pessoas normais.

Tal como na vida real, nas redes passam-se coisas terríveis: invejas, mentiras, casais que se desfazem, traições vis e tanta, mas tanta desgraça, que a caixa de Pandora não poderia contê-las.

Tal como na vida real passam-se coisas boas: sorrisos e beijinhos, gatos fofinhos, cães e criancinhas felizes.

As redes sociais são, obviamente parte da vida e servem os objetivos que bem entendermos.

Esta noite, twitter e facebook serviram para divulgar um acidente, em que um dos veiculos se pôs em fuga e o condutor do segundo ficou à chuva e ao frio, quase sem bateria como convém nestas situações.

Apercebi-me da coisa uns minutos depois de divulgada e acabei por juntar-me a um grupo de maduros que tentou ajudar o "sinistrado".

Durante umas duas horas, dezenas e dezenas de mensagens foram escritas, alguns, imagino que muitos, telefonemas foram feitos para as autoridades...

Tal como eu, um grupo grande de pessoas foi tentando ajudar, preocupando-se genuinamente - até porque não havia nada para ver.

Eu que sou uma lamechas, lamentei o sucedido mas gostei de ver a onda de amizade que se estableleceu e sobretudo fiquei descansada, pois a esta hora, o acidentado está na urgência hospitalar, mas ao que tudo indica não há ferimentos graves.

Tal como "lá fora" fomos mandando "bitaites" para ajudar ou apenas para aliviar a tensão, trocaram-se piadas entre amigos e desconhecidos  e como "Assim, de repente, não tínhamos um haburguer, mandámos o João Calviño"!

O "Pedro Unicef" merece!

terça-feira, 1 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #350

A típica calma da segunda feira interrompida ao cair da noite.
7, 8 minutos de lusco fusco em que fiz de "mulher invisível" no café junto à escola seguida de momento "and now for something completely different" / "Os deuses devem estar loucos" em plena biblioteca!