"Os sonhos de betão armado não valem nada se as pessoas continuam a viver mal."
Aline Frazão

letra: José Eduardo Agualusa
música: Aline Frazão
Morrer no céu da tua boca,
estrela rasgando a noite,
água-viva, assombro, açoite.
Madrugada, acordar rouca,
A pele em fogo, o sangue
em convulsão. Lenta e langue,
meio à deriva, meio louca,
dançar nua na varanda,
vendo nascer em Luanda
a fina chama, tão pouca
de um dia em construção.
Tomar enfim a decisão:
Viver no céu da tua boca
Sol salvando a manhã,
bikini, praia, ray-ban.
Passar a vida inteira sem roupa
Varandando assim à toa
Ave vem e ave voa
Morena, moura, barroca
Dançando feito uma louca
Na manhã da tua boca.
Sem comentários:
Enviar um comentário