domingo, 9 de fevereiro de 2014

(...) a vida nos intervalos #299

(referente a sábado, 8 de fevereiro de 2014)

 

Geração do Dubai* 


Ontem estive num daqueles sítios de Lisboa que, penso eu, por estarem na moda junta meio mundo, podendo tornar-se bastante desagradáveis.

Não foi o caso.

Falo do mercado de Campo de Ourique. apesar de saber que, quase de certeza, nos esperaria uma enchente,sabia também que a companhia agradável e o estado de espírito um tanto ou quanto drowsy, um tanto ou quanto zen bastariam para suoerar o desconforto de um ou outro encontrão mais invasivo e do tempo de espera para comer.
Por outro lado, quando se junta meio mundo, é bastante provável que se encontrem pessoas agradáveis, interessantes e às vezes, até mesmo interessadas ;) pois que eu, embora tendo a certeza de que sou a "maior da minha rua" sei que não sou caso único no género "pessoa espectacular"!

(pausa - gosto de dar a quem me lê tempo para rir)

Após a primeira parte do jantarício frugal, parti, com uma das convivas, em busca da sobremesa (dela) e reforços de cafeína (para os restantes viciados), e quando estávamos prestes a ter sucesso ela, que tal como eu se dedica à mui nobre e reconhecida arte do ensinanço, .........  (mais uma pausa para rir) ....... é encontrada por um ex-aluno.

Verificou-se que não era um, era um grupo. Amigos desde os tempos em que pertenceram à mesma a que se juntava a namorada de um deles e mais um ou outro amigo de proveniências semelhantes.
À conta deste encontro "acidental" conseguimos que os outros dois convivas quase se zangassem conosco pois que estivemos cerca de uma hora em conversa descontraída.

Eu, que sou do bem ;) e comulativamente de uma presciência assinalável (vá, riam mais um pouco) percebi logo que tínhamos ali um grupo de pessoas, em quatro palavras, FAN TÁS TI CAS, daquelas que nos enchem o coração, o cérebro - ou lá que orgão gere as emoções e o orgulho e que a nós, professores ajuda  a dar sentido à vida.

Os "miúdos" são finalistas de diferentes cursos - medicina e engenharias, sobretudo - e entre eles detinham notas invejáveis de 19,5 e 20 nas provas de acesso à universidade. Outros eram mais contidos (eheh) mas todos de uma simpatia, diria mesmo empatia contagiantes. Pareceram-me (e eu nunca me engano ;) ) pessoas de corpo inteiro, genuinas, que estão traçando o seu rumo com afinco, profissionalismo já e muito bom humor.
Adorei conhecer mais este punhado de miúdos fantásticos que se junta à coleção das muitas dezenas de "vítimas" que fui fazendo ao longo do percurso profissional e que me enchem de emoção e orgulho por ter tido oportunidade de contribuir ainda que apenas residualmente para as pessoas que são.

Espero apenas que este país reconsidere e que permita que o S. e o F. não fiquem para sempre na Alemanha, que a A. possa voltar de Espanha se assim o desejar e o R. não tenha de ser qualquer coisa que não o clínico fantástico que se anuncia.


P.S. Nenhum deles envergava traje académico e não me pareceram particularmente entusiastas de praxe.

* seis ou mais estrelas

(Texto também publicado como nota no Facebook)

Sem comentários:

Enviar um comentário