sábado, 12 de abril de 2014

(...) a vida nos intervalos #361

Intervalo duríssimo

Preciso hoje de ser um pouco mais factual, quiçá indiscreta, do que é meu hábito neste local...

Dia de reunião na segurança social, para re-avaliação da minha disponibilidade para ser mãe. Suspeito que tenha ficado enterrada essa hipótese... se assim for, será com tristeza que encerro essa parte da minha vida. Veremos. Há que aguardar. Não sei exactamente quanto tempo.

Fiquei a saber que uma carta que eu tinha como extraviada foi efectivamente entregue, aliás levantada na estação de correios pelo A, que me garantiu em duas ocasiões não a ter recebido.

(...)

Fiz um balanço de toda esta coisa que tem sido a minha vida e concluí que se soubesse que hoje morreria e acreditasse na vida eterna, apenas haveria uma pessoa a quem precisaria de pedir desculpa pelo "mal" que lhe causei, ainda que involuntariamente. Acredito que se esse alguém soubesse de tudo o que eu sei, era bem capaz de me agradecer.
Quanto ao resto, iriam a sepultar comigo os inúmeros defeitos e imperfeições que tenho mas o meu carácter, que materialmente não tem qualquer valor, esse acompanhar-me-ia absolutamente intacto. Perdoem a presunção.

Apesar do exposto no 1º parágrafo, publico apenas uma parte do texto que escrevi.

Creio que isto não será lido por ninguém, caso o seja, que se entenda que foi uma necessidade e se trata de algo que não considero necessário esconder pois como me disse uma querida amiga-casa "ninguém merece".

Verifico com alguma apreensão que após dois anos, muitas e muitas lágrimas e imenso trabalho meu para recuperar, este homem ainda me tira muitas horas de sono!

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